Depressão pós-transa

Eles querem sexo, elas querem amor e um telefonemazinho depois da transa. Grudar no celular é um sintoma da depressão pós-sexo!
Até o início dos anos 90, quando os primeiros celulares começaram a funcionar no Brasil, meninas solteiras costumavam brigar pelo monopólio do telefone doméstico. Empenhadíssimas em manter o aparelho no gancho para que os paqueras da vez pudessem encontrá-las, elas interrompiam conversas alheias aos gritos, pela extensão, proclamando que a linha deveria permanecer livre, livre, liiiivre! As mais apaixonadas, inclusive, se recusavam a sair de casa para ficar de plantão ao lado do aparelho torcendo para que ele enfim fizesse trim trim. Aí veio a tecnologia e tratou de resolver este, digamos, probleminha feminino. Se a pílula anticoncepcional garantiu, a partir dos anos 60, o direito da mulher ao sexo apenas por prazer, o telefone móvel deu a ela o conforto de aguardar aquela ligação em qualquer lugar. Sim, muitas de nós continuam esperando ele ligar. E, se a relação já passou pela cama, então, ainda com mais ansiedade, roendo as unhas. Grudar no telefone é o sintoma mais clássico da depressão pós-sexo – a conhecida síndrome que ataca as garotas insatisfeitas em transar só por transar.

Confundindo amor e sexo

Depois de ouvir quase 8,2 mil pessoas em dez cidades do país, a sexóloga Carmita Abdo, coordenadora da pesquisa sobre comportamento sexual Mosaico Brasil, afirma que mulheres, em geral, ainda tendem a confundir sexo com amor. É verdade que 51% das cerca de 4 mil entrevistadas garantiram que fazem distinção entre vida afetiva e vida sexual. Mas outros dados do levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP) mostram que pelo menos quando bem jovens elas têm uma visão mais romântica dos relacionamentos. Prova disso é que homens e mulheres paulistanos responderam à pergunta “Com quem iniciou a vida sexual?” de maneira bem diferente. Noventa por cento delas foram rápidas na resposta: “Com um namorado”. Já eles variaram: 37% disseram “namorada”, 28%, “amiga”, 20%, “prostituta”, 10%, “desconhecida” e 5%, “prima”.
Analisando esses dados, a doutora Carmita concluiu: 2/3 das entrevistadas consideravam namorado alguém que as enquadrava como “amiga” ou em alguma outra das categorias citadas acima. A especialista explica que, quando a mulher elege alguém para a sua primeira vez, fantasia que vá viver feliz para sempre com o escolhido. Mas, como isso acontece hoje, em média, em torno dos 15 anos, a garota acaba tendo à frente muito tempo antes de se casar. “A mulher atualmente se casa, em média, aos 27 anos e por isso é natural que ela, durante esses doze anos, entre a perda da virgindade e o altar, experimente vários parceiros. Com isso, acaba aceitando que nem sempre o sexo implica namoro”, explica
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